segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dr. Ozires Silva - Engenheiro e Coronel da Aeronáutica, ex-presidente da Petrobrás, ex-presidente da Embraer, ex-Ministro da Infraestrutura no governo Collor e ex-presidente da Varig relata seu avistamento de OVNI


Transcrição feita por Claudeir Covo
           ENTREVISTA DE OZIRES SILVA (PILOTO DA AERONÁUTICA BRASILEIRA) – Em 03.08.1995, entrevista do radialista Gilberto Pereira, Rádio Bandeirantes, Programa "Balanço Geral", com o Claudeir Covo, com o jornalista Eduardo Marine da Revista "Isto É" e com a participação especial, por telefone, do Engenheiro e Coronel da Aeronáutica Dr. Ozires Silva, ex-presidente da Petrobrás, ex-presidente da Embraer, ex-Ministro da Infraestrutura no governo Collor e ex-presidente da Varig.
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GILBERTO PEREIRA – Para começar o debate de hoje, eu vou chamar o testemunho de alguém que viveu esta emoção, de forma até intensa, embora seja um homem acostumado às coisas da Aeronáutica, do ar, dos aviões e tudo mais. Ele deve ter algo muito importante a relatar à gente. Porque, na oportunidade ele se viu envolvido num momento de muita tensão. Dr. Ozires Silva, ex-presidente da Petrobrás, ex-presidente da Embraer e ex-Ministro, como vai o senhor?
OZIRES SILVA – Bem obrigado, como é que está, tudo bem?
GILBERTO PEREIRA – Tudo bem?
OZIRES SILVA – Tudo bem obrigado.
GILBERTO PEREIRA – Dr. Ozires, o senhor quando chegava, se não me engano de Brasília com destino à S. José dos Campos, me parece que numa determinada oportunidade o senhor se vê envolvido com Objetos Voadores Não Identificados, perfeito?
OZIRES SILVA – Foi, sem dúvida.
GILBERTO PEREIRA – O senhor poderia relatar para a gente o que realmente aconteceu?
OZIRES SILVA – Olha, foi em maio de 1986, eu estava voando com um dos nossos aviões da Embraer, vindo de Brasília para São José, era noite, a minha hora de chegada era em torno de 21:00 horas, 09:00 horas da noite. Quando eu estava sobre Poços de Caldas, eu entrei em contato com o Centro de Controle de Brasília, solicitando autorização para iniciar a descida já para o aeródromo de São José dos Campos. O Controle autorizou, mas perguntou se eu estava vendo alguma coisa de estranho no ar. Eu disse que não, que não estava vendo nada, e eles me relataram que estavam tendo algo no radar, quer dizer, estavam tendo indicações no radar que existiam três objetos não identificados em torno de São José dos Campos há uma certa distância, um mais próximo de São Paulo, outro um pouco mais ao sul de São José e o outro na direção do Rio de Janeiro. Eu disse que não, mas que ficaria olhando na medida que descia. Quando estava bastante próximo de São José, há um momento no vôo que se transfere do Controle de Brasília para o Controle de aproximação de São Paulo. Um pouquinho antes de transferir eu perguntei se eles ainda tinham a imagem no radar e o que estava acontecendo, e aí, eles me deram a direção aonde eu deveria olhar, no azimute, e de fato eu olhei e vi, o corpo celeste bastante luminoso, em tudo parecia um lastro comum exceto pelo tamanho talvez um pouquinho mais alongado. Neste momento eu pedi autorização para o Controle para me dirigir, para voar na direção desse objeto, estava eu e o meu co-piloto sós a bordo, só nós dois, e nesse momento nós viramos para São Paulo, com a proa na direção de São Paulo, na direção do objeto, e voamos nessa direção, na direção desse objeto e cada vez se aproximando mais, mas ele se mantendo mais ou menos como estava, tinha uma certa cor alaranjada que talvez pudesse ser explicada até pela poluição de São Paulo que é laranja os astros celestes de um modo geral. Mas o fato é que o radar de Brasília tinha plotado esse objeto e astros celestes não aparecem no radar. Eu fiquei mantendo contato com o Controle, aí nessa altura já com Controle de São Paulo, eu fui na direção do objeto, mas na medida em que me aproximava ele foi desaparecendo, ele até que desapareceu por completo e eu retornei para São José. Quando estava no início novamente do tráfego para pousar em São José, o chefe do Controle me alertou que um segundo objeto estava agora na direção do Rio de Janeiro, bastante visível no radar. Novamente eu pedi orientação do radar de como eu me aproximar do objeto e seguir na direção dele, e na medida que eu chegava notei que ele estava em uma altitude bem mais baixa do que a minha. E aí nesse momento era um corpo bastante mais alongado talvez da cor de uma lâmpada fluorescente, uma lâmpada dessas comuns que vê aí, e ocorreu que ele estava abaixo de mim e eu circulei, circulei várias vezes o avião em torno dele, olhando pra baixo e sinceramente não sei dizer o que era. Era um objeto alongado como disse, do tipo de uma lâmpada fluorescente bastante claro e o problema é que eu não podia baixar mais. Era noite, a altitude que eu estava voando já era a altitude mínima para a área porque a área ali é bastante montanhosa, quer dizer, eu não podia baixar mais do que tinha abaixado, e ele continuou permanentemente ali abaixo. Eu com sinceridade não sei o que era, a única coisa que eu posso dizer é que na minha visão de aviador, eu tenho mais de quarenta anos de aviação, eu tenho visto objetos semelhantes, mas sempre de rastro que tem uma explicação, outra explicação e nesse caso em particular, isso era visto pelo radar em Brasília. No dia seguinte eu tentei falar com o Centro de Controle de Brasília, o CINDACTA, e tentar falar com o operador para ver o que o operador tinha visto em termos de radar, a essa altura o Ministério da Aeronáutica já estava fazendo uma investigação e infelizmente a qualidade dessa investigação não foi muito boa e não se pode chegar a nenhuma conclusão, mas essa efetivamente foi a minha experiência.
GILBERTO PEREIRA – Agora Dr. Ozires, inclusive nessa mesma noite me parece que houve uma ordem para que os caças da FAB saíssem em busca desses objetos, perfeito?
OZIRES SILVA – Foi sim, eles saíram e viram também o objeto, como também um piloto da Ponte Aérea. Naquela época a ponte aérea de São Paulo funcionava com os Electras, e o piloto da Ponte Aérea também reportou a mesma visão, agora o que é mais impressionante disso, quer dizer, é que efetivamente tinha um alvo no radar, eu acho que esse alvo no radar é que tem muito a nos contar. Eu não sei se é possível ainda localizar o operador do radar da época, quer dizer, as pessoas que fazem pesquisas nessas áreas podiam tentar fazer um contato com o operador do radar e tentar descrever o que ele viu efetivamente porque aí nós temos uma medida eletrônica clara, gravada, isso realmente é muito mais importante do que qualquer testemunho pessoal que se possa produzir.
GILBERTO PEREIRA – Dr. Ozires, eu quero agradecer muito a sua participação, à sua atenção com a nossa produção, muita obrigado, viu.
OZIRES SILVA – Eu é que agradeço, e se houver alguma coisa avisa a gente. Nós estamos muito curiosos.




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